sexta-feira, 10 de maio de 2013

Férias da realidade - será que é possível?

Um ano e três meses e meio depois... ainda quero férias da realidade! Aprendi a dar risada de mim mesma, da sem-vergonhice, das trapalhadas, dos tropeços e tantas tentativas e esperaças de recomeço. Digo dando risada que quando acordei já era noite, ou então, que só consegui levantar porque o interfone ou telefone tocou por engano,  mas não, certamente, não me orgulho, muito menos acho bonito, só não me culpo mais, pois percebi que quando além de acordar tarde, carregava o peso da culpa, tudo era muito mais difícil.

Não vejo a hora de voltar a ter a tranquilidade de estar trabalhando e não ter tempo de saber das noticias do mundo, e já com essa tranquilidade, ter a de assistir um filme e mergulhar em outra história de vida, e sim, se possível, ter também a tranquilidade de que o calor não virá só das cobertas, e de que, independente de que emoções trará o filme, haverá quem abraçar e, indepentende de que emoções trará a vida, haverá com quem contar e com quem dividir, compartilhar, multiplicar...

Mas a realidade... essa me desencoraja! Não consigo entender, não me desce, não me conformo, me entritesse - profundamente. Não preciso dar nenhum exemplo exdruxulo, pois parece que é só o que há nos últimos dias. E também não quero fica pensado, e muito menos escrevendo, sobre essas coisas. Por outro lado, chega a ser irônico, enquanto tentamos nos fazer creer de que existe um lado maravilhoso da vida a ser aproveitado (dividido, compartilhado e multiplicado), de pano de fundo anunciam as últimas atrocidades.

Isso me lembra uma cena do filme Madagascar em que, ao som da famosa "what a wonderfull world" os "protagonistas" conseguem salvar um patinho e... ´: |



Reconheço que não é assim o melhor vídeo para se compartilhar, mas, enfim, é a tal da realidade, que uma hora vamos ter que encarar, pois não vai mudar enquanto nos mantemos "a salvo". O mundo é maravilhoso sim, mas também cruel - e o pior: na maioria das vezes não é por mal, é questão de sobrevivência.

Não lembrava da parte do Leão se auto isolando por ter perdido a mão, mas quando vi, não tive como não me ver ali, esmagada entre a culpa e a punição das tantas vezes que peguei pesado e me dei conta quando já era tarde!

Precisa sim um tempo de reflexão e avaliação, outro de meditação (pra ajudar a fortalecer o tal do auto controle - que nas horas que a gente mais precisa, desaparece!), e claro, outro de ação, seja pedindo desculpas, seja reconhecendo seus atos, ou mesmo agindo diferente.

Encarar as dificuldades, aceitar as desavenças e resolver os recalques - sem achar que é fácil, e sem pretender ser "a pessoa mais bem resolvida do mundo" - pode ser a melhor forma de tomar rédea da vida e fazê-la muitíssimo melhor, para si, e para os que no fundo sabemos que estão por perto e que atenderiam ao primeiro, talvez segundo, chamado, se hora o orgulho, hora a síndrome de inferioridade, não nos imobilizasse.

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