quarta-feira, 5 de abril de 2023

O fundo do poço

 O fundo do poço é desconfortável, incômodo, mas seguro.

Não há como cair mais, não se pode levar outro tombo.

Se pode cavar mais, cutucando as feridas....

Mas e sair?


Tenho a impressão de que qualquer tentativa é também oportunidade para um novo tombo, uma nova frustração. Vale a pena?

Não sei. Ainda estou dentro.

Mas não vejo outra saída que não construir degrau a degrau. E leva tempo.


Creio que o antidepressivo é quase um guindaste, mas para te colocar de pé. Sair é com você.

O que me ocorreu mais recentemente, talvez seja o óbvio: cuidar da mente. 

É nela onde tudo começa. É nela onde tudo pode terminar, para dar lugar ao novo.


Como?

Meditação. É quase impossível para uma mente inquieta? Sim. Mas não é impossível. E na internet há centenas de meditações guiadas que podem ajudar.

Eu recomendo o canal Poetoterapia, pois cria as meditações com técnicas de hipnoterapia. Só assim consegui dormir ontem: relaxando e pausando minha cabeça pensante. 


No mais, sigo reunindo forças para iniciar minha escalada, ou simplesmente, retomar o meu tamanho, afinal, o poço não é maior que a gente, é só o que a gente sente e, como tudo na vida, também passará.


domingo, 2 de abril de 2023

Sem capacidade, nem vontades

 Domingo é o dia que posso fazer o que quiser... mas e se não quero nada? O que fazer?


Não tenho vontade de estudar, nem de escrever, nem de nada.

Não consigo ler um livro, nem lavar a louça, muito menos fazer uma comida.

Não consigo sequer assistir um filme.

E já não sou capaz de dormir ainda mais.

Tampouco aguento ficar com a ruminação de pensamentos que me acompanhou a madrugada.


Não estou triste, tampouco estou feliz.

Simplesmente me apego a esperança de que amanhã tudo isso, tanto nada, seja só uma lembrança.