Às vezes sinto que se aproxima a loucura da minha cabeça.
Mas lembro que estou medicada, logo, isso não deve
acontecer.
Por outro lado, sei que preciso descer no fundo desse posso
que parece não ter fim...
Porque lá encontrarei uma moedinha de luz e força para
colocar no meu coração.
Mas o buraco que tem nele é tão grande...
Quantas precisarão cobrir cada fresta aberta, arrebentada?
Sei que preciso enfrentar, encarar meus monstros.
Sei que eles são ilusórios.
Mas me sinto tão sem forças.
E se eu não conseguir voltar?
Tenho medo, medo de não aguentar.
Medo de fraquejar.
Medo de enlouquecer, medo de pirar.
"No mar, tanta tormenta e tanto dano" (Camões) / O mar que é nosso inconsciente, é muito grande, com muitos monstros no fundo, e muitas vezes acreditamos, estando nele, que não conseguiremos voltar. O medo nos para, mas é só por um momento, porque depois esse medo também nos move, nos impulsa a não ser o que tememos para tentar ser melhores do que somos. Já vi muitas pessoas pegar coragem para, justamente tendo medo, enfrentá-los, porque talvez o medo existe para não esquecer que somos humanos, para não perder a sensibilidade que nos permite compreender as necessidades dos outros. E é bom, às vezes também, se perder no mar, porque só assim a gente se busca e re-encontra de novo consigo. Eu falo isso porque tem estado ali tantas vezes, escrevi e publiquei coisas sobre o que sentia... ainda agora, nadando, só nadando para sobreviver... e seguir em diante mesmo sem forças, isso e ser corajoso. É isso, Carajita...
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