quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Dessa dor

Os dias tem sido intensos e o esgotamento físico sempre maior, por isso não tenho escrito. Mas, quero mesmo não voltar a passar por este processo, e como gosto de acreditar que compartilhar possa ajudar a outras pessoas, hoje falo dela: a dor.

Ela é algo verdadeiramente difícil de explicar, especialmente porque queremos encontrar uma causa para ela. Pode até haver, mas não ser fácil de encontrar, pode ser algo de hoje, de meses ou anos atrás. Fato é que ela existe e precisa ser respeitada.

(eu disse respeitada, não cultuada, sim? - e tratada, verdadeiramente tratada).


Duas coisas, eu diria, por hora:

1. Há dias em que ela parece física, é como se houvesse dentro do coração um machucado de não mais que meio centímetro, mas que de repente começa a latejar e essa dor parece irradiar, aumentando seu campo em umas 5x, ou seja, aqui dentro, toma cerca de 2 cm - se não é mais da metade, é quase.

Noutros dias, apesar do meu coração ser grande (supostamente, fisicamente não faço idéia), fica miudinho, miudinho.


2. Ela não tem parametros, não finda. Se parece que tem, como acima, é mais administrável, porque está aqui. Quando não, sinto mesmo que não tem fim. E quando a intensidade se encontra com o infinito, a morte só pode ser sinônimo de alívio.

É como um sonho, porque ilusão ou não, acreditamos de que após a morte não haverá mais dor. E poderemos por fim descansar, enfim, sem ela, em paz.

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