quinta-feira, 17 de novembro de 2016

E fico quase feliz

No dia 10 de novembro tive uma surpresa boa, ganhar um simples almoço geralmente é algo que me deixa feliz, alegre e contente - adoro ser presenteada, são dádivas! Pense então numa situação em que ter que cozinhar a própria comida é o maior desafio que você não queria ter e, então, como num passe de mágica, você ganha 10 refeições em um dos poucos restaurantes em que pode comer. Eu ficaria radiante no mínimo a tarde toda, mas os sentimentos que estou sendo capaz de encontrar são: satisfação, gratidão e emoção.

No dia seguinte recebi uma notícia sobre algo que desejava há anos, que vinha desde o final do ano passado me movimentando para conseguir e finalmente está feito, autoriado e deviamente assinado! Aí sim, eu quase fiquei feliz! Contei para minha amiga dizendo que estava muito feliz, mas senti que não era verdade. Fiquei contente e aliviada.

Dado estes dois fatos, não há o que argumentar. É uma quase felicidade - porque ela voltou e nada me deixa verdadeiramente feliz, não porque não me alegre ou não ache bom, mas porque não atinjo algo que antes com muita facilidade acessava e me tomava.

Mas está aí uma boa forma de identificar se há depressão ou não. Ficar triste é normal e até importante, tem sua função. Ficar apático não. E sim, reconhecer e aceitar é o primeiro passo para poder enfrentar e mudar.

E quanto mais se protela, mais difícil fica se tratar, o que não significa necessáriamente começar a tomar antidepressivo, mas ao menos criar um plano com um conjunto de atitudes que podem ajudar a sair dela. Eu me propus 30 dias para vencer esse hound, se dia 10 de dezembro ainda não estiver bem, volto para o anti-depressivo também. Mas sempre há o que se possa fazer a mais, o que nem sempre se encontra é força para tanto, por isso às vezes há necessidade do medicamento sim, mas como empurrão, não como solução.

Ontem quando peguei o tal papel a senhora que me entregou disse: "muita gente tenta e não consegue, se você conseguiu é porque é forte". Quis introgetar em mim aquelas palavras, que no momento parecem tão distantes. Devia querer sair pra comemorar, mas tudo que realmente queria era vir pra casa dormir - precisava, e foi o que fiz!

Sim, é realmente patológico, mas tem cura! - e vou reverter esse quadro.


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