sexta-feira, 14 de março de 2014

E o remédio acabou - que desespero!

Da última vez que fiquei sem remédio, por dois dias, passei quase uma semana chorando. Chorei tudo que não havia chorado no ano! Dizia ao meu psicólogo que eu tinha tudo para estar feliz e não sabia por que não estava.

Conversando com meu psiquiatra, disse a ele que foi bom para eu descobrir porque não posso parar o remédio (o que eu sempre quis!), mas ele afirmou que eu não ficaria daquele jeito, foi só porque baixei de 100mg para zero, muito rápido.

Decidi que sempre teria uma cartela de reserva, mas adivinhem? Vi que estava para acabar, mas sem ter a menor situação financeira de pagar uma consulta este mês (por mais que agora sejam só de 3 em 3), ontem finalmente tomei coragem e escrevi para ele perguntando se poderia deixar uma receita – podia conseguir com minha médica, mas achei que cabia ser sincera, afinal, já é um relacionamento de mais de dois anos!

Ele não respondeu ontem. Fiquei insegura, com receio de ter abusado. E empurrei por mais um dia. Hoje ele respondeu que “Ok, sem problemas” – que alívio!

Mas me enrolei no trabalho e resolvi ir só de noite quando o transito já houvesse baixado. Cheguei pouco antes das 21h, a receita não estava lá, mas ele estava terminando de atender. Que alívio! E ele sempre gentil, tranquilo, educado...

Só que segui aflita porque estava com o coração apertado, me perguntando por que as coisas não dão certo e não dava mais tempo de pegar o remédio no posto de saúde gratuitamente. Por mais que ele tenha dito que podia tomar só no dia seguinte, como já estava há uns três dias tomando apenas 3 comprimidos, resolvi comprar de uma vez, mesmo sem estar podendo.

Ainda assim, a dor e o incômodo não passaram. Passei na padaria e comprei um pedaço de bolo! Tem horas que um doce é tudo! Ajudou muito, mas só fui melhorar quando minha requisitada a acolher uma senhorinha de 92 anos, moradora no nono andar de um prédio que estava sem energia. Definitivamente, me sinto muito melhor sendo útil e tendo a quem cuidar!

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